Este livro é recomendado para educadores e pais envolvidos com a inclusão, pois mostra todas as faces do complexo processo de interação entre incluídos e includentes, mostrando os benefícios para ambas as partes. Revela, também, os trâmites legais da inclusão, a importante figura do mediador escolar e as suas atribuições dentro de uma unidade de ensino. Defende a visão de que a escola precisa considerar a natureza das manifestações da nossa sociedade, bem como compreender a questão da diversidade no processo de Educação Inclusiva e repensar seu projeto de homem com os olhos voltados para os paradigmas arrolados na era da Pós-modernidade. Sinaliza a necessidade mais urgente de mudança na concepção de homem, no princípio da tolerância, não como forma de consentir tacitamente, mas como forma de respeitar e compreender a coexistência da multiplicidade e da ética mínima que deve reinar entre os indivíduos.
Este livro mostra que a Orientação Educacional vai muito além do ensinar (aprender) para buscar (promover) nas raízes do aluno o principal foco do seu trabalho, as melhores condições não só para ele aprender o que foi ensinado mas também, com o seu saber e fazer, para que ele nos possa ensinar o que devemos aprender em termos de lhe proporcionar melhores condições de uma educação de qualidade. Ele discorre também sobre as necessidades da escola atual impondo ao orientador educacional novas “práxis”, novo olhar para o orientando, sua família e seu contexto de vida. Em tempos de "modernidade líquida", a escola vem se transformando em um ambiente que transpassa aspectos pedagógicos, pois, apesar da complexidade da sala de aula, ela é, muitas vezes, o ambiente mais estruturado na vida de crianças e adolescentes. Hoje, vive-se a urgência do orientador educacional nas escolas. Vive-se uma política educacional equivocada quanto à composição da equipe de gestão da escola. Em meio a tantos equívocos, pode parecer uma utopia, mas acreditar é preciso quando se quer mudar, transformar e buscar novos horizontes. Por isso, avante orientadores educacionais, o momento urge.
Um dos objetivos deste livro é despertar no pedagogo o gosto por absorver conhecimentos de outras ciências, mostrando o quanto isso torna plural sua práxis como docente, principalmente de uma faixa etária tão promissora como é a infância. À medida que se explicita a dependência do desenvolvimento cognitivo e motor da criança em relação aos processos educativos, exige-se coerência na análise das relações entre as atividades propostas pela escola e as demandas do desenvolvimento infantil. Dessa forma, o pedagogo encarará a aquisição de novos saberes e habilidades como algo que só ocorrerá, satisfatoriamente, com uma intervenção adequada, com experiências distintas em todas as dimensões do desenvolvimento, sendo elas motora, sensorial, afetiva e cognitiva.
Nesse contexto, faz-se desejável, possível e até necessário que os pedagogos tenham uma formação inicial mais consistente e acompanhadas de permanente atualizações com o apoio de outras ciências.